Pesquisa da CNI/Ibope mostra que aprovação ao governo Dilma caiu para 12%


Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI e divulgada hoje (1º) pelo Ibope indica que o percentual de pessoas que avaliam o governo da presidenta Dilma Rousseff como ótimo ou bom caiu 28 pontos pencentuais, passando de 40% em dezembro de 2014 para 12% em março deste ano. 

De acordo com os dados, o percentual que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 27% para 64%, uma diferença de 37 pontos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 25 de março, envolvendo 2.002 entrevistados maiores de 16 anos em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O grau de confiança é 95%.

Em comparação a outros governos, o de Dilma registra, no início do primeiro mandato, a menor porcentagem (12%) de pessoas avaliando a administração como ótima ou boa desde 1995. Em 2011, ela mesma registrou 56%. O de Lula alcançou 49% em 2007 e 51% em 2003. O governo Fernando Henrique Cardoso obteve 22% em 1999 e 41% em 1995.

Também foi o menor percentual (19%) da maneira de governar. em 2011, a própria Dilma registrara 73%. Lula teve 65% em 2007 e 75% em 2003. Fernando Henrique atingiu 35% em 1999 e 63% em 1995.

Em março, o percentual de pessoas avaliando o governo como regular chegou a 23%. Em dezembro, foi a 32%. Tanto em dezembro quanto em março, 1% não sabiam ou não responderam à pesquisa.

A pesquisa mostra que 78% desaprovam a maneira de governar de Dilma, enquanto 19% aprovam. Respectivamente, a variação atingiu 37 pontos percentuais para mais e 33 para menos. Outros 4% não sabem ou não responderam. O percentual dos que desaprovam o governo é o maior desde o início de 2011, quando, em março, 73% aprovavam o governo da presidenta.

Balança comercial registra em março primeiro superávit mensal de 2015

Em março, exportações superaram importações em US$ 458 milhões.

No trimestre, porém, houve déficit comercial de US$ 5,55 bilhões.

Em março, as exportações superaram as importações em US$ 458 milhões, resultando em superávit da balança comercial brasileira. Foi o primeiro mês deste ano no qual as transações comerciais ficaram no azul, com mais vendas externas do que compras do exterior. Também foi o maior saldo positivo para março desde 2012 (+US$ 2 bilhões).

Em janeiro, a balança comercial registrou déficit (com mais importações do que vendas externas) de US$ 3,17 bilhões e, em fevereiro, o resultado ficou negativo em US$ 2,84 bilhões. Já em dezembro do ano passado, o saldo foi superavitário em US$ 293 milhões.

Segundo o governo, as exportações somaram US$ 16,97 bilhões em março, com queda de 16,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, por conta da queda das vendas de básicos (-29,7%) e manufaturados (-6,1%). Por outro lado, os produtos semimanufaturados registraram aumento de 8,8% nas vendas externas em março.

Do lado das importações, que totalizaram US$ 16,52 bilhões em março, houve recuo de 18,5% frente ao mesmo mês de 2014 por conta da retração de compras de todas as categorias de produtos do exterior. Os combustíveis e lubrificantes registraram queda de 28% nas importações, as matérias-primas e intermediários de 18,8%, os bens de capital de 16,3% e os bens de consumo de 13,7%.

"É uma trajetória esperada para a balança [superávit em março], porque começa a entrar a safra. A gente viu um movimento mais forte para a soja nas duas últimas semanas do mês [passado]. Fez reverter o déficit do mês. Só nessa última semana, a gente teve 840 mil toneladas de soja exportada. A gente espera um forte volume para os próximos meses", declarou o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão.